Buscando intensificar a competitividade do agronegócio brasileiro, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) promoveu uma pesquisa junto ao mercado, a fim de fornecer as principais tendências e antever transformações em termos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Intitulada “Visão da Inovação e Competitividade do Agronegócio”, a pesquisa, promovida nos meses de agosto e setembro pelo Comitê de Inovação da ABAG, gerou um documento com dezesseis direcionadores estratégicos, divididos em sete áreas, — Políticas Públicas, Fator Humano, Financiamento e Fomento à Inovação, Propriedade Intelectual e Patentes, Política Internacional, Sustentabilidade e Infraestrutura —, para mapear o ambiente inovador no agronegócio nacional. A pesquisa da ABAG contou com a participação de diversos setores da sociedade, sendo 78% pertencentes ao mercado, entidades do setor e academia e 22% ligados à inovação: aceleradoras, incubadora, parque tecnológico, startups, governo e outros. Um terço dos respondentes são associados da entidade.
Para 80% dos participantes, o principal desafio para a competitividade do agronegócio é a infraestrutura do país, seguido pela governança e gestão. Em termos de avaliação global da importância dos fatores 4.0, organizacional, humano e ambiental, quatro fatores foram ressaltados como aqueles que mais contribuem para a inovação e competitividade da empresa: o humano (70%), o das tecnologias 4.0 (63%), o organizacional (54%), o ambiental (49%).
Sobre os aspectos de inovação, há uma visão balanceada de percepção qualitativa entre fraca e forte quanto aos incentivos governamentais e incentivos de transferência tecnológica. Já quando abordada a questão da atuação de agentes públicos (executivo e legislativo) na formação de políticas públicas para inovação e competitividade, a predominância da percepção fica entre fraca e levemente fraca. Quanto aos incentivos educacionais a percepção fraca e levemente fraca ultrapassa 65%,
A respeito das tecnologias 4.0, os respondentes destacaram a integração de sistemas (75%) de percepção extremamente forte. Por fim, com relação à inserção do agronegócio brasileiro nas cadeias globais de valor, os seguintes fatores receberam percepção extremamente forte: promoção comercial internacional do agronegócio (73%), pesquisa agropecuária (68%) e sinergia entre agentes públicos e privados (58%).
Fonte: Assessoria de imprensa