Esta é a introdução de uma música que fez muito sucesso, há alguns anos, cantada pela Simone, mas que retrata bem a nossa situação neste momento.
Temos, de um lado, um Brasil pujante, principalmente no agronegócio, registrado em mais uma matéria exclusiva da Agrimotor, como temos feito nas últimas edições, mostramos números, gráficos e afirmações positivas, neste mês vindas de um dos principais consultores do agronegócio, o Prof. Carlos Cogo, de Porto Alegre, que nos mostra que o agro brasileiro não para de bater recordes. Continuamos sendo os principais produtores mundiais de uma série de produtos e nossas exportações têm alimentado boa parte da população mundial, em uma dinâmica que tende a se intensificar ainda mais.
Somos um país com terreno fértil, água e sol em abundância e condições climáticas favoráveis na maior parte do ano. Tanto é que nos damos ao luxo de termos duas um três safras anuais de algumas culturas, enquanto, quando muito, nossos concorrentes mal conseguem uma apenas.
Mas o que atrapalha nosso desenvolvimento? Neste momento passamos por mais uma “crise” institucional política, e não temos ideia de como e quando isso vai acabar. Nossos políticos, na sua maioria, em vez de nos darem os exemplos, contribuem para o travamento daquela que poderia já ser a terceira ou quarta economia do planeta, tamanha é a força de nosso potencial. Na verdade, a cada dia sentimos mais vergonha de termos homens públicos de tão baixa estatura ética e moral, nada preocupados com o que deveriam defender.
Mas deixando de lado essa questão que repetimos, não tem prazo para terminar, o nosso entrevistado principal diz que de um lado temos recordes de produção e exportação de outro lado temos um “balaio” cheio de preocupações. A nossa relação e a nossa propaganda diante dos olhos do mundo deixam a desejar, com mais países nos encarando com desconfiança em função do tratamento negligente que dedicamos a aspectos de ordem ambiental, tais como o desmatamento, os incêndios, a proteção do bioma, entre outros cuidados tão necessários quanto imprescindíveis. E o resultado disso é que mais barreiras comerciais estão sendo erguidas contra nós, o que certamente irá dificultar a nossa vida em um futuro muito próximo.
Em outra mão de direção, apresentamos uma matéria abordando o desenvolvimento de um sistema de informação desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Laboratório de Pesquisa em Logística e Comercialização Agroindustrial da Universidade Estadual de Campinas (Logicom/Unicamp), que, nos três anos em que está no ar, já produziu uma economia de mais R$ 150 milhões em recursos, além da economia de tempo e rapidez no fluxo de informações, permitindo a rápida tomada de decisões.
Também falamos dos Recursos Humanos e da importância de sempre buscarmos a excelência em nossos atos, e darmos o máximo de nós em cada situação de nossas vidas e, ainda, sobre como o setor do agronegócio está se preparando para encarar o futuro que já está chegando. Complementarmente, trazemos também uma reportagem sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento dos negócios do agro, destacando o quanto esta vem contribuindo para o crescimento do setor.
Finalmente, aproveitamos o ensejo para convidar nossos leitores a acompanharem nossa próxima edição, quando vamos falar da telemetria e da conectividade, que são ferramentas indispensáveis para o crescimento dos negócios do campo. E veja também em nossas páginas as notícias falando de energia, de novos cursos, de como reduzir o desperdício de alimentos, e entre muitas outras coisas.
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Boa leitura!
Henrique Pátria
Editor-chefe
