Há um ano, o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), junto ao EDF (Environmental Defense Fund) e ao Woodwell Climate Research Center, com apoio dos governos da Noruega e dos Países Baixos, colocou em operação um projeto único no mundo, capaz de remunerar produtores rurais da Amazônia Legal para manter em pé suas área passíveis de conversão legal, e que será apresentado na COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática). Nesses doze meses, foram realizados 25 pagamentos a produtores do município de Sapezal (MT), enquanto foram conservados oito mil e quinhentos hectares de floresta. O desmatamento legal corresponde a áreas de floresta localizadas em propriedades privadas, passíveis de serem suprimidas com o aporte do Código Florestal.
Em comemoração aos resultados que o Conserv tem obtido desde seu lançamento em 2020, o IPAM, o EDF e o Woodwell Climate realizaram no dia 14/10 um evento on-line para debater o desmate legal, seus efeitos na regulação do clima e o que pode ser feito para impedir que quilômetros de mata sejam suprimidos, evitando, assim, cerca de três anos de emissões brasileiras. Além de apresentar os resultados da iniciativa e sua operação na prática, representantes do IPAM, do setor financeiro e do agronegócio debateram sobre a importância de incentivos econômicos para manter florestas em propriedades privadas, e como esse passo é relevante para o desenvolvimento de uma visão econômica moderna global e nacional, que concilie produção e conservação.
Na conversa, transmitida ao vivo por meio desta plataforma, participaram a diretora de programas e projetos do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo; a chefe de engajamento do setor financeiro da Tropical Forest Alliance/World Economic Forum, Danielle Carreira; o produtor rural de Sapezal (MT), integrante do Conserv, Redi Biesuz; e a diretora adjunta de desenvolvimento territorial, Lucimar Souza.
Fonte: IPAM