01/11/2021 | Edição AR114

Editorial – O Brasil é um paraíso de riqueza

Redação Agrimotor

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O agronegócio brasileiro vai muito bem, obrigado. Segundo cálculos feitos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – Esalq/USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nosso PIB agropecuário teve alta de 5,35% no primeiro trimestre de 2021. E a expectativa é de que ele aumente mais de 20% em cima dessa cifra até o final deste ano.

Mas poderia ser melhor. É o que afirma nosso ilustre entrevistado deste mês, o Prof. José Luiz Tejon, que está entre as maiores autoridades brasileiras quando o assunto é agronegócio. Ele defende que as velhas fórmulas que já fizeram sucesso no passado, como um sapato velho guardado em algum lugar recôndito da sapateira, já não servem mais, e devem ser substituídas por uma nova formatação de administração, com a criação de uma Central de Inteligência de Planejamento e Marketing do Agro brasileiro com olhos voltados para o mundo, pois, hoje, ainda existe uma gigantesca legião de propriedades que estão alheias ao pleno acesso à atual tecnologia disponível no mercado. Sua sugestão é a de um cooperativismo agroindustrial abrangendo todos os portes, das micro agroindústrias, ao lado dos produtores igualmente micro, com agregação de valor e ampla proposta de abertura direcionada aos mercados globais.

Com isso, ele acredita que seria possível dobrarmos o tamanho do nosso agribusiness, ressaltando, ainda, que o Brasil é um “paraíso de riquezas”, só que a imensa maioria desses produtores ainda se deu conta disso. E Tejon ainda define uma meta: precisamos almejar um PIB de US$ 6 trilhões, e não aceitarmos mais os pouco mais de US$ 1,4 trilhão que temos agora.

Além dessa matéria, que deve ser lida e relida, estamos em tempo da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP 26, que representa mais uma tentativa dos seres humanos – representados pelas principais lideranças mundiais – de discutir e criar mecanismos que possam dar ao planeta maior oportunidade de sobrevivência, em face ao imenso caos climático provocado pelo próprio homem. Na prática, agora, será dado início à operacionalização do Acordo de Paris, firmado em 2015, que trata do da angulosa questão do aquecimento da temperatura da Terra, que não é mais um sofisma, e, sim, uma dura realidade.

Em nossas páginas, falamos ainda sobre como a agricultura brasileira será fatalmente impactada pelo uso cada vez mais constante e massivo da tecnologia no campo. Isso porque, é mais do que evidente que, ao adquirir novos conhecimentos, os agricultores terão condições de tornar seu negócio muito mais produtivo, alcançando, por tabela, melhores resultados. Partindo da premissa de que os recursos naturais do planeta são limitados, nada mais coerente do que tratar da combinação dos vários sistemas já descobertos e em uso pelo homem, a fim de encontrar alternativas não só viáveis, como também ideais.

E nesta AgriMotor, como de hábito, trazemos muito mais em nossa seção “Destaque”, na qual você irá encontrar novidades na seara de produtos, metodologias, procedimentos, serviços e equipamentos, entre outros temas.

Finalmente, queremos, mais uma vez, registrar e agradecer o carinho com os quais estamos sendo recebidos por você, caro leitor, nos colocarmos à sua disposição para envio de sugestões, comentários, críticas e, ainda, elogios, se você assim desejar, para que a gente se sinta que está no caminho certo. Nossos canais digitais estão abertos para todos esses tipos de manifestações.

Boa leitura!

Henrique Isliker Patria
Editor-chefe

Redação Agrimotor

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