Segundo Felipe Jordy, líder de inteligência e assessoria comercial da Biond Agro, empresa especializada em gestão e comercialização de grãos, efeitos climáticos como El Niño e La Niña estão mudando as diretrizes de controle do agro. O El Niño é caracterizado pelo aumento da temperatura das águas na região equatorial do oceano Pacífico, já o La Niña age gerando a diminuição dessa temperatura na mesma área.
Numa análise extensa, desde a safra de 76/77, até a safra atual, 23/24, é possível identificar que o padrão El Niño e La Niña impactam diretamente na produtividade de soja do país, seja na média geral do país ou regional. Em anos de La Niña, de intensidade fraca ou forte, o país tem uma vantagem produtiva em comparação aos anos anteriores, mesmo com possíveis penalidades ao Sul.
“Dada a presença da La Niña, entidades e fontes do mercado já esperam uma melhor produtividade no Brasil, especialmente no Centro-Oeste, onde na safra 23/24 houve uma quebra superior a 16%, frustrando as expectativas iniciais que superaram os 160 milhões de toneladas de soja. Números acima das primeiras projeções para o ciclo atual já são esperados para a safra futura, a 24/25. Apesar das primeiras projeções, é importante citar que muitas coisas podem e devem acontecer, desde a definição do potencial produtivo nos EUA, que altera as cotações de Chicago e consequentemente a rentabilidade do produtor Brasileiro, até as definições de área e investimento no Brasil”, diz Jordy.
Desse modo, o acompanhamento climático é fundamental para o setor agropecuário, pois permite um planejamento agrícola mais eficiente, onde os agricultores podem tomar decisões informadas sobre o melhor momento para plantar, colher, aplicar fertilizantes e defensivos, otimizando o uso de recursos e maximizando a produtividade da fazenda.
Fonte: Contatto Assessoria de imprensa