
O Country Director da Ascenza Brasil, Renato Francischelli, ressalta que o transporte tem grande impacto no custo da produção agrícola e o produtor deve estar atento às mudanças e expectativas do mercado nesse segmento. Segundo Francischelli, a expectativa é de que, após o impacto da colheita de soja, os valores do transporte rodoviário continuem em alta ao longo do ano, com a chegada da safra de milho e outros cultivos. Questões como chuvas e a situação das rodovias são fatores que interferem no valor do frete. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), cerca de 60% das estradas federais apresentam algum tipo de deficiência.
Segundo a Conab, o Brasil deve colher 322,5 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas em 2025, incluindo 166 milhões de toneladas de soja. A colheita será 8,2% maior que a do ano passado, de 297,7 milhões de toneladas de grãos. A perspectiva de uma safra recorde de soja este ano deve impactar no preço dos fretes rodoviários já a partir de fevereiro.
Depois da queda nos preços dos fretes rodoviários registrada no ano passado, a expectativa é de que os valores voltem a subir entre 15% e 20% já a partir do início deste ano, principalmente devido à previsão de safra recorde de soja, conforme a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A Associação estima que os preços dos fretes se mantenham nos níveis de de 2023, com grande alta em fevereiro.
Levantamento feito pelo Grupo de Extensão e Logística da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq-Log/USP) mostra que, de 2010 a 2023, a participação do transporte rodoviário no escoamento da produção do agro aumentou de 44,7% para 54,2%. Ainda conforme a Esalq-Log, as rodovias recebem 96% do transporte agrícola no mercado doméstico.
Fonte: Assessoria de imprensa – Teia Editorial