Os custos com energia elétrica podem fazer o diferencial no controle dos custos de uma unidade agro. Veja cinco dicas para minimizar este problema.
Alan Henn*
O agronegócio brasileiro, um dos setores responsáveis por impulsionar a economia, gerar empregos e alimentar o país e o mundo, tem enfrentado um desafio crescente: os altos custos com energia elétrica.
Altamente dependente de eletricidade para irrigação, climatização, armazenagem e operação de máquinas pesadas, reduzir a conta de luz pode representar um grande ganho de produtividade e competitividade.
Alan Henn, engenheiro elétrico e CEO da Voltera, empresa que atua no mercado livre de energia, afirma que há um caminho claro e viável para os produtores rurais economizarem com inteligência. “Com planejamento, uso de tecnologia e uma análise criteriosa do perfil de consumo, é possível reduzir significativamente os custos com energia, sem comprometer a eficiência da operação — e muitas vezes até aumentando-a”, afirma.
Confira abaixo cinco estratégias recomendadas por Henn para tornar a gestão energética do agronegócio mais eficiente:
1. Entenda seu consumo de energia
O primeiro passo é fazer um mapeamento detalhado dos principais equipamentos que consomem energia na propriedade: sistemas de irrigação, ventiladores, refrigeradores, iluminação, entre outros. “Só é possível economizar aquilo que se conhece bem. Ao entender quais são os maiores vilões do consumo, o produtor pode tomar decisões mais acertadas sobre investimentos e melhorias”, explica o executivo.
2. Invista em tecnologias de eficiência energética
Substituir lâmpadas convencionais por LEDs, adotar sensores automatizados e modernizar equipamentos são medidas que trazem retorno rápido. “Um sistema de automação, por exemplo, pode reduzir o desperdício energético ao acionar irrigadores e ventiladores apenas quando necessário, com base em sensores de temperatura e umidade”, diz Henn. “A eficiência energética deve ser vista como investimento, não como custo.
3. Aproveite os horários de menor tarifa
A energia elétrica tem valores diferentes ao longo do dia. Henn recomenda ajustar a operação das máquinas mais intensivas para os períodos de menor custo, como as madrugadas. “Muitos produtores não sabem que podem economizar apenas reorganizando seus horários de uso, evitando o consumo nos períodos de pico, quando a energia é mais cara.”
4. Considere migrar para o mercado livre de energia
A migração para o mercado livre permite ao produtor escolher seu fornecedor e negociar contratos mais vantajosos. “No mercado livre, os produtores podem economizar até 30% na conta de luz, além de ter mais previsibilidade para o planejamento financeiro”, destaca Henn. Outra vantagem é a possibilidade de contratar energia de fontes renováveis, como solar e eólica. “É bom para o bolso e para o meio ambiente.”
5. Realize manutenção preventiva dos equipamentos
Equipamentos mal conservados consomem mais energia. “Uma bomba de irrigação desregulada pode gastar o dobro do necessário. A manutenção periódica garante que os sistemas funcionem com máxima eficiência energética”, reforça Henn.
Com essas estratégias, o agronegócio pode se tornar ainda mais competitivo, reduzindo custos operacionais e aumentando a sustentabilidade das propriedades. “A energia é um insumo estratégico e, quando bem gerida, se transforma em vantagem econômica para o campo”, conclui Alan Henn.
*Alan Henn, engenheiro elétrico e CEO da Voltera, https://voltera.com.br/
