Conab, em seu segundo boletim da safra 2020/21 para cana, estima uma produção Brasil de 642,1 milhões de toneladas, 0,1% a menos que no ciclo passado.
Segundo a UNICA com dados do Centro Sul, no acumulado, desde o início do ciclo até 16 de agosto, foram processadas 373 milhões de toneladas de cana, 6% a mais que no mesmo período do ano anterior, com 60% da safra concluída. O mix para o açúcar está em 47,0%, contra os 35,3% do mesmo período de 2019/20. Assim, a produção de açúcar está 48,2% superior, saltando de 15,5 milhões de toneladas para 23 milhões. Por outro lado, a produção de etanol acumula queda de 6,4%, vindo de 18 bilhões de litros para 16,8 bilhões.
O complexo Sucroenergético teve aumento significativo nas exportações de julho, registrando vendas de US$ 1,1 bilhão, 73,8% superiores a 2019.
O Brasil deve se posicionar como o maior produtor de açúcar no ciclo 2020/21, com volume de 39,3 milhões de toneladas, 32% a mais que na safra anterior, segundo a Conab (dados do Brasil todo). O volume produzido até o momento na safra é 22,95 milhões de toneladas, 48% superior ao que foi produzido na safra passada.
Em julho as exportações somaram US$ 964 milhões, ou seja, 83,4% a mais, com um volume transacionado de 3,5 milhões de toneladas (+92,3%), quase o dobro do período anterior, sendo que o volume de exportação de açúcar para a China em junho foi de 239,4 mil toneladas, 477% maior que o mesmo período do ano passado. O aumento é resultado de acordo entre os países que reduziu a tarifa do produto brasileiro em 59%.
No etanol, segundo previsões da Conab para safra 2020/21, serão produzidos 30,6 bilhões de litros, 14,3% a menos que em 2019/20. No acumulado até 16 de agosto (Unica), a produção totalizou 16,81 bilhões de litros.
Já as vendas acumuladas de etanol caíram 18,98% em relação ao ciclo passado, somando um volume de 10,26 bilhões de litros. Desse volume, 91,2% foi destinado ao mercado doméstico, e 8,8% para o exterior.
Finalmente, a bioeletricidade gerada pelo setor sucroenergético no primeiro semestre de 2020 foi 5% maior que no mesmo período de 2019, com 8.399 GWh. De acordo com a UNICA, o setor representou 77% do total de bioeletricidade gerada no Brasil nesse período. São Paulo é o estado com maior participação, cerca de 43% do total, com 204 usinas de cana-de-açúcar com unidades termelétricas em operação (204 UTEs). Atualmente, o setor sucroenergético representa 7% da potência energética total instalada no Brasil.
Fonte: Assessoria de imprensa, Marcos Fava Neves/DoutorAgro.com