Apesar do agronegócio oferecer relevante sustentação ao PIB e à balança comercial e garantir o abastecimento da população sem interrupções, mesmo com tantos desafios, como a instabilidade de clima e aumento do custo da energia, as autoridades devem estudar meios de amenizar os impactos da falta de água no setor produtivo e alta no preço dos alimentos.
A preocupação com a crise hídrica faz redobrar a atenção com o uso de água e sua distribuição no campo, para que o abastecimento não seja interrompido ou fique refém das altas taxas de energia. Por isso a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) promove as boas práticas do uso da água e vem realizando esforços para tornar a tecnologia mais acessível aos produtores paulistas. Segundo a Faesp, a irrigação inteligente com tubulações subterrâneas para gerar o gotejamento de forma localizado é capaz de fornecer água a um perímetro delimitado sem desperdícios.
Outra tecnologia que também vem se popularizando com os chamados sistemas fotovoltaicos é a energia solar, que não substitui a energia elétrica, mas ajudam a reduzir os gastos. Segundo dados de 2020 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o setor rural responde por 13,2% da potência instalada no Brasil e os investimentos nas propriedades passam de R$ 1,7 bilhão.
Na contracorrente da pandemia, o campo mantém o ritmo de modernização e busca superar os obstáculos do novo normal. “Por isso, estamos nos modernizando, discutindo métodos de irrigação e ampliando a utilização de energia fotovoltaica. Defendemos o uso consciente e responsável da água e energia justamente para otimizar as operações agrícolas e melhor aproveitar cada cultura”, comenta Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).
Fonte: Assessoria de imprensa