O clima semiárido é caracterizado pela baixa umidade e pouco volume pluviométrico, apresentando precipitação de chuvas com média entre 200 mm e 500 mm. Contudo, segundo Daniel Pedroso, especialista agronômico da Netafim, apesar de ser um ambiente inóspito à produção agrícola, muitas empresas estão conseguindo atingir grandes produtividades e excelente qualidade de produto utilizando tecnologias adequadas para essa região.
Ele cita a cana de açúcar, localizada em muitas regiões no Brasil, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, onde normalmente o pátio sucroalcooleiro está implementado em locais onde os regimes pluviométricos atendam a necessidade da cultura. No entanto, em busca de aumentar a disponibilidade de etanol e açúcar, essa cultura está migrando para o semiárido brasileiro. Para Daniel essa região possui um elevado potencial de produção, pois tem alta incidência de irradiação solar, altas temperaturas médias, clima desfavorável para pragas e doenças, e elevado número de horas de luz. A única deficiência é a baixa pluviometria, quesito que pode ser eliminado adotando-se tecnologias de irrigação. Uma das mais utilizadas é a irrigação localizada por gotejamento, devido às suas características de eficiência na aplicação de água.
Para exemplificar, o especialista destaca 2 empresas do ramo sucro-alcooleiro, a Agrovale e a Sada Bio. A Agrovale, situada na cidade de Juazeiro/BA assumiu o primeiro lugar no ranking de Usina mais produtiva do Brasil, superando a marca de 300 ton/há e chegando ao número histórico de 370 ton/ha. Por sua vez, a Sada Bio, localizada em Jaíba/MG, também utilizando a irrigação por gotejamento subterrâneo, atingiu a marca de produção de 130 ton/ha em 13 cortes, sem a necessidade de reforma.
“Através desses exemplos podemos constatar que com o uso da tecnologia correta, há a possibilidade de produzir em ambientes totalmente inóspitos e levar renda e riqueza para as mais diversas regiões do país”, conclui Daniel Pedroso.
Fonte: Assessoria de imprensa