
Segundo Ignacio Espinola, analista sênior de grãos da Hedgepoint Global Markets, os mercados aguardam os impactos da mudança de governo nos EUA, com incertezas sobre os mercados de commodities, especialmente devido ao aumento das tensões no Mar Negro.
No mercado de sorgo, a China autorizou o Brasil a exportar o grão, o que pode afetar a dinâmica global, substituindo parte das importações dos EUA. Esse tipo de grãos é utilizado para ração animal e bebidas alcoólicas. “O Brasil, com uma safra 40% menor a dos Estados Unidos, pode começar a competir no mercado de sorgo, impactando a produção de milho, principalmente nos EUA”, destaca o analista.
“A escalada do conflito no Mar Negro entre Ucrânia e Rússia traz incertezas para o mercado de grãos, especialmente o trigo, afetando também os preços do frete”, afirma Espinola. O aumento das tensões pode elevar os custos de transporte na região devido ao risco de ataques e ao “prêmio de gelo”, uma adição de 1 a 2 USD/mt ao preço das mercadorias, durante o inverno.
A especulação sobre o impacto do conflito no Mar Negro e o acordo Brasil-China geram dúvidas sobre o futuro do mercado de milho, trigo e sorgo. O comportamento de compra da China, especialmente no mercado de soja, também é uma questão importante para os preços do complexo soja, conclui.
Fonte: Assessoria de Imprensa Conteúdo Comunicação