Com o terceiro maior volume remetido ao exterior pelo país na história, o Brasil exportou 40,372 milhões de sacas de 60 kg de café em 2021, obtendo US$ 6,242 bilhões. O desempenho representa queda de 9,7% em volume, mas evolução de 10,3% em receita cambial frente aos números registrados nos 12 meses de 2020. Os dados fazem parte do relatório estatístico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
No acumulado de 2021, o Brasil exportou café para 122 países. Os Estados Unidos lideraram o ranking ao importarem 7,781 milhões de sacas, que representou 19,3% dos embarques totais brasileiros no ano passado. A Alemanha, com representatividade de 16,2%, adquiriu 6,539 milhões de sacas (-14,4%) e ocupou o segundo lugar na lista. Na sequência, vêm Itália, com 2,944 milhões de sacas (-2,5%); Bélgica, com 2,839 milhões (-24,6%); e Japão, com a importação de 2,509 milhões de sacas (+4,2%). Em termos de volume, a China foi o segundo maior destaque nas compras do café brasileiro em 2021, atrás da Colômbia, incrementando suas importações em 132.003 sacas (+65%) na comparação com 2020. Nos 12 meses do ano passado, os chineses adquiriram 333.648 sacas do produto nacional.
De acordo com Nicolas Rueda, presidente do Cecafé, o desempenho do ano passado é significativo e resulta do profissionalismo dos exportadores brasileiros, que realizaram trabalho exemplar para lidar com expressiva elevação no custo dos fretes, rolagens de cargas, constantes cancelamentos de bookings e disputa por contêineres e espaço nas embarcações.
Apesar do desempenho relevante alcançado pelos exportadores, o Cecafé aponta que os gargalos logísticos no comércio marítimo mundial impactaram o resultado final das exportações brasileiras de café no ano passado. Outro ponto que evidencia os impactos desses entraves é a redução no número de contêineres enviados ao exterior com café. No ano passado, foram embarcados 112.732 contentores, o que representa uma queda de 9,8% na comparação com os 125.034 remetidos ao longo de 2020.
Fonte: CECAFÉ