Levando em consideração os três principais indicadores de saúde financeira: preços médios praticados, lucratividade bruta e rentabilidade como opção financeira, análise da Consultoria DATAGRO mostra que o desempenho dos produtores brasileiros de soja em 2021 foi novamente satisfatório, garantindo aos sojicultores o décimo quinto ano consecutivo de renda positiva.
No mais visível dos indicadores, o comportamento dos preços, a média brasileira da soja fechou 2021 em R$ 160,92/60 kg, 42% acima dos R$ 113,00 da média de 2020. Para este ano, por enquanto, as previsões apontam para preços médios próximos ou até acima de 2021.
Já o segundo grande indicador, a lucratividade bruta – que mede a relação entre a receita média obtida e o custo de produção – apresentou resultados médios positivos para a renda dos produtores, sendo superiores às bases de 2020, em linha com o que vem sendo observado desde 2007. Porém, convém salientar que são resultados médios e variam de produtor para produtor e de região para região.
No último indicador, a rentabilidade da soja como ativo financeiro, a variação acumulada de 2021 foi positiva, com o quadro melhorando durante o ano em função dos preços no segundo semestre terem ficado um pouco acima dos valores do primeiro semestre. Na média brasileira, o produtor que optou por segurar o produto e vendê-lo apenas no final do ano teve uma rentabilidade real positiva de 2,32% em 2021, já descontada a inflação de 9,74% (índice IPC-Fipe). O desempenho foi superior a todas as opções de investimentos analisadas: o índice Bovespa teve perda real acumulada de 19,74%, o dólar turismo de 10,89%, o rendimento da Caderneta de Poupança caiu 6,15%, o CDB pré-fixado recuou 3,61% e o dólar comercial, -2,07%.
Fonte: DATAGRO