Segundo Israel Alexandre Pereira Filho e Emerson Borghi, pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, as empresas de sementes de milho vêm apresentando ao longo dos anos avanços significativos em genética e biotecnologia, aumentando assim a eficiência produtiva e qualitativa dos grãos, agregando assim valores a toda a cadeia do agronegócio do milho. Com isso, pode-se dizer que a escolha de uma semente com alta tecnologia embarcada define o nível técnico de uma lavoura, bem como o seu potencial produtivo.
Desse modo, a adoção de sementes de alta tecnologia, aliada a um manejo de plantas adequado e à dedicação do produtor, permitiu colocar o Brasil entre os três primeiros produtores e exportadores de milho do globo. O gasto com a semente pode chegar a até 20% do valor das despesas de custeio de uma lavoura de milho. Por essas e outras razões, como região de cultivo, condições de solo e de clima, o produtor de milho sempre deve optar por uma semente certificada de qualidade, seja ela transgênica ou não.
De acordo com levantamento de cultivares realizado anualmente pela Embrapa Milho e Sorgo, na safra passada 98 novas cultivares foram disponibilizadas no mercado. Já para a safra 2021/2022 259 cultivares estarão disponíveis, das quais algumas lançadas exclusivamente para a safra verão e inverno 2021/2022, bem como cultivares lançadas em safras anteriores, mas ainda demandadas pelo mercado em decorrência do alto nível de tecnologia e da facilidade de aquisição nas diversas regiões de cultivo.
O mercado e a indústria de processamento de milho no Brasil normalmente têm preferência pelo grão de cor alaranjada. Grande parte das cultivares atualmente desenvolvidas pelas indústrias sementeiras é de cor alaranjada, responsáveis por 35,13% do mercado, seguido pelo milho amarelo-alaranjado (com 22,39%) e, por último, o amarelo, com 12,35%.
De forma geral, segundo os pesquisadores, o mercado de sementes de milho tem mostrado comportamento semelhante safra após safra, em relação às características das cultivares em função do mercado, às condições de clima e solo, e às necessidades das indústrias, que absorvem entre 60% e 80% do produto para a fabricação de ração animal, com exigências em relação a cor e a textura dos grãos.
Fonte: Embrapa