RCGI estuda novas tecnologias para produção de hidrogênio

Redação Agrimotor

Redação Agrimotor

Atualmente o hidrogênio é apontado como uma importante fonte de energia e combustível do futuro por não emitir gases de efeito estufa nem outros gases poluentes quando utilizado. Com isto em mente, o Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), centro financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Shell, está estudando três grandes frentes de pesquisa em tecnologias para a sua produção. As três rotas produtivas estudadas pelo centro de pesquisa com sede na Universidade de São Paulo (USP) utilizam como matéria-prima produtos ou subprodutos do setor sucroalcooleiro, como o etanol e a vinhaça.

Embora o hidrogênio seja o elemento mais abundante na Terra, em geral, está ligado a outros elementos, como na água (H2O) ou metano (CH4) ou etanol (C2H6O), e é necessária alguma forma de energia para obtê-lo em sua forma pura (H2). No RCGI, a pesquisa que está em fase mais avançada é a que utiliza calor para converter etanol em hidrogênio, em um processo de reforma térmica. Em junho de 2023, deve ficar pronta uma planta piloto, que produzirá hidrogênio a partir do etanol na Cidade Universitária, na capital paulista.

Por enquanto, será uma Estação Experimental de Abastecimento de Hidrogênio. A construção da planta conta com as parcerias das empresas Raízen, Hytron e do Senai Cimatec. O investimento da Shell Brasil no projeto é de aproximadamente R$ 50 milhões. A previsão é de que sejam produzidos 5 quilos de hidrogênio por hora, que permitirão abastecer um total de três ônibus na Cidade Universitária. O primeiro entrará em circulação este ano. Um segundo projeto do RCGI desenvolve uma tecnologia alternativa para converter o etanol em hidrogênio via reforma eletroquímica.

Uma terceira frente de pesquisas, coordenada por Thiago Lopes, pesquisador do RCGI e professor da Escola Politécnica da USP, busca o melhor aproveitamento da vinhaça (o resíduo líquido da produção de etanol, que é produzido em uma escala de cerca de 10 a 14 litros para cada litro de etanol produzido, e possui 95% de água em sua composição). O pesquisador vê que o uso da tecnologia nacional, aproveitando a estrutura do setor sucroalcooleiro, poderá se inserir nessa nova economia global do hidrogênio, trazendo vantagens econômicas para o país.

Fonte: Assessoria de imprensa

Redação Agrimotor

Redação Agrimotor

Há mais de 15 anos a revista Agrimotor apresenta os assuntos mais recentes do setor do Agronegócio nacional.
Abrir chat
precisa de ajuda?
Olá como posso te ajudar?