José Otávio Menten, Eng. Agr. Prof. Sênior USP/ESALQ, Presidente da CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável)
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 com o objetivo de conscientizar sobre a importância de preservar e conservar os recursos naturais. É comemorado em 5 de junho, em homenagem à abertura da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Ambiente Humano, que ficou conhecida como Conferência de Estocolmo. Nesta conferência, a ONU criou o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), com princípios visando à melhoria do ambiente. O objetivo é que o homem adquira uma postura adequada em relação aos usos dos recursos naturais, garantindo um desenvolvimento sustentável. A Declaração da ONU deixou claro: “Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações tornou-se uma meta fundamental para a humanidade”. O tema para 2023 é “Combata a poluição plástica”, visando a um estilo de vida mais limpo, ecológico e sustentável, em harmonia com a natureza.
Diversos dos grandes problemas mundiais estão relacionados ao meio ambiente, como saúde, energia, moradia, transporte, educação, saneamento básico, catástrofes naturais, fome, pobreza, etc. Atualmente, todos se preocupam com as mudanças climáticas, disponibilidade de água potável, poluição, biodiversidade, desmatamento, destinação de resíduos/lixo, proteção de matas ciliares e nascentes, etc. A sustentabilidade está incorporada na cultura de parte expressiva da população: “ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos sem comprometer o futuro das próximas gerações”. Deve contemplar aspectos econômicos, ambientais e sociais, respeitando a diversidade cultural e a ética.
A ONU estabeleceu 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), que fazem parte da “Agenda 2030”: (1) erradicação da pobreza; (2) fome zero e agricultura sustentável; (3) saúde e bem-estar; (4) educação de qualidade; (5) igualdade de gênero; (6) água potável e saneamento; (7) energia limpa e acessível; (8) trabalho decente e crescimento econômico; (9) indústria, inovação e infraestrutura; (10) redução das desigualdades; (11) cidade e comunidades sustentáveis; (12) consumo e produção responsáveis; (13) ação contra a mudança global do clima; (14) vida na água; (15) vida terrestre; (16) paz, justiça e instituições eficazes; (17) parcerias e meios de implementação. Deve-se ressaltar que os princípios da bioeconomia ou economia circular vieram para ficar. Assim como o conceito ESG, que reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança.
Fonte: CCAS