A se confirmar o avanço de lucratividade bruta na nova temporada, com indicativos de taxas entre 33% e 54% sobre o custo operacional, seria o 15º ano consecutivo de resultado positivo na renda da maioria dos produtores de soja do país para a safra 2020/21 a ser plantada, com hipóteses de cotação na CBOT (US$ 8.80 e US$ 9.80) e base de produtividade média de 3.600 kg/ha. segundo último levantamento da Consultoria DATAGRO. A lucratividade bruta é a relação entre a receita média obtida e o custo de produção, considerando regiões do Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás
O indicativo para a nova safra é de preços internos próximos das consideráveis parciais de 2020, enquanto que a Bolsa de Chicago (CBOT) deve trabalhar com média de US$ 9.30, cerca de 6% acima dos US$ 8.77 das parciais de 2020. Para exportação, o indicativo da DATAGRO é de firme demanda, com melhora gradual nas condições de logística dos portos brasileiros e manutenção dos atuais patamares dos fretes marítimos.
Por outro lado, a expectativa é que a nova temporada seja de custos de produção mais elevados. Em Mato Grosso, os custos variáveis (insumos, sementes, fertilizantes, defensivos e outros) podem ter alta de 2% sobre a última safra devido manutenção de elevada taxa de câmbio, e os fixos cerca de 24% elevados com influência do custo da terra, gastos financeiros e depreciações. No Paraná, esse percentual é estimado em 4% mais alto para nos variáveis e 7% nos fixos e, no Rio Grande do Sul, avanços de 4% e 16%, respectivamente.
Fonte: DATAGRO